Descrição
Francisco (Xesko) Santos nasceu no ano de 1962 em Angola, na cidade de Luanda. Seria precocemente, em 1977, que apresentaria uma síntese do que defende para a arte no que chamou de “Manifesto do Dispersionismo”; em 2002 viria a atualizá-lo. Acumula um percurso rico no que respeita à criação: na pintura, na serigrafia, no desenho, na literatura, música e no teatro. Acérrimo crítico do “mundo da arte” enquanto instituição contrapõe-lhe a liberdade e a rebeldia, garantias do carácter geneticamente contestatário que melhor reconhece aos artistas e que reclama para si.
Obras
2010, Sheffield
serigrafia manual a sete cores sobre papel 44 x 55,1 cm
Xesko explica-nos que as cores em Angola possuem simbolismos específicos, todavia, que foram adaptados nesta série de máscaras, e “Kalelwa” não vem diferente. Afeta à etnia Côkwe, associa-se originalmente aos acampamentos Mukanda, sendo considerada o seu espírito protetor e apresentando-se como agressiva.
2010, Sheffield
serigrafia manual a sete cores sobre papel 44 x 55,1 cm
Originalmente feita em madeira e/ou materiais efémeros, esta simbolização da máscara “Cihongo”, também pertencente à etnia Côkwe, vem relembrar o espírito masculino da riqueza e da autoridade, sendo, por tal, herdada pelo Soba ou um seu sobrinho. Na série das máscaras de Xesko ressalta a complexidade.
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Biografia
1962 – Luanda, Angola
Artista Plástico – Pintura, Desenho, Escultura, Fotografia, Instalação, Vídeo/Cinema, Serigrafia, Gravura, Aguarela e Água-forte
Mantém igualmente atividade de criação literária, bem como nos domínios do teatro e da música.
Publica o “Manifesto do Dispersionismo” com 15 anos, na revista “The Bantalas”, da qual foi fundador, que dirigiu e que se dedicava às Artes. Nesse Manifesto apresenta uma ideia-síntese da sua teoria/tese para as Artes, que anos depois, em 2002, iria fortalecer.
Foi várias vezes Campeão Nacional em Natação (de 1972 a 1980) e em Xadrez (1977 e 1979), tendo representado Angola no exterior em diversas circunstâncias, remetendo-se a última delas aos Jogos Olímpicos de Moscovo (1980).
O seu percurso de formação é vasto e inclui:
Mestrado em “Contemporary Fine Art”, Sheffield Institute of Arts (Sheffield Hallam University), UK
Curso “Improvement in Painting Tecniques for Oil Portraits”, promovido pelo PhD Fine Art and Painter, Almaia
Curso “Arte da Pintura” pela SNBA (Sociedade Nacional de Belas Artes), Lisboa, Portugal
Curso “Fotografia e Design Gráfico” pelo IADE, Portugal
Cursos “Desenho Científico” e “Pensamento Criativo no Pós-Modernismo”, Colégio das Ciências de Moscovo
Licenciatura em Engenharia Química, Colégio das Ciências de Moscovo
Expõe coletivamente desde o ano de 1978, quando o fez em Luanda – “Um quadro para a Revolução.” Entre esta data e 2005 expõe individualmente, pela primeira vez no ano de 1979 – com “O Poder da Revolução”, também em Luanda; a seguir na Bielorrússia, antiga U.R.S.S., em 1981; novamente em Luanda um ano depois; e pela primeira vez em Lisboa – “7 Sombras de Gray”, em 2004.
No ano de 2005 retoma as exposições coletivas, neste caso em Lisboa – Hospital Militar de Belém, cidade onde continuará a fazê-lo nos anos de 2006 e 2007, data última em que estará também presente na Alcarte de Alcochete. Mantém um ritmo expositivo regular em Portugal até 2017, seja individualmente, seja em companhia: em Lisboa, Alcochete, Ourém e no Porto.
No ano de 2009 expõe coletivamente em Vigo – Espanha, no mesmo ano nos E.U.A, na cidade de Nova Iorque, bem como em Londres – Reino Unido e em França, na capital, Paris. Em 2010 e 2011 mostra o seu trabalho em Sheffield, novamente no Reino Unido, tanto na SIAD Gallery, como na Furnival Gallery, desta feita, coletivamente.
Está representado em coleções institucionais localizadas em Portugal.
Entrevista
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2010, Sheffield
serigrafia manual a sete cores sobre papel 44 x 55,1 cm